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Hipertensão na gravidez: quais os fatores de risco e como tratar?
A hipertensão na gravidez, também conhecida como pressão alta, é uma condição clínica diagnosticada quando os níveis de pressão sanguínea são iguais ou superiores a 140/90 mmHg. A complicação, decorrente muitas vezes de maus hábitos como sedentarismo e má alimentação, pode comprometer a saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Portanto, é importante que a gestante realize o pré-natal corretamente e esteja informada sobre todas as possíveis complicações, bem como formas de prevenção e tratamento.
Sabendo que a pressão alta é uma ocorrência relativamente comum na gestação e considerando a importância da futura mamãe conhecer mais sobre o problema, elaboramos este post para servir como fonte de informação e orientação.
Como é a classificação da hipertensão na gravidez?
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) classifica os distúrbios hipertensivos da gestação em quatro categorias, são elas:
Crônica
É uma condição que não possui relação direta com a gravidez, pois a mulher apresenta problemas de hipertensão antes da gestação. Como são raros os casos em que a mulher tem os registros de medidas de pressão arterial antes da gravidez, é considerado um quadro de hipertensão arterial crônica quando o diagnóstico é realizado no primeiro trimestre ou até a 20ª semana.
Geralmente, são casos associados à história familiar de hipertensão, muitas vezes acompanhados também de sobrepeso ou obesidade.
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é uma síndrome cuja característica é a hipertensão arterial e a perda de proteínas pela urina, chamada de proteinúria. Tal condição se manifesta após a 20ª semana de gestação e é classificada em leve, grave e eclâmpsia, sendo esta última o grau mais grave.
A eclâmpsia é uma complicação que pode ocorrer não apenas na gravidez, mas também no parto e no puerpério imediado. É um quadro em que a gestante apresenta crises convulsivas, além de sintomas como dores de cabeça, inchaço nas mãos e pés, vômitos, alterações da visão, entre outros.
Pré-eclâmpsia combinada à hipertensão crônica
É um quadro em que a gestante apresenta, ao mesmo tempo, os dois tipos mencionados acima. Ou seja, uma mulher já hipertensa que passa a ter um agravamento na condição durante a gravidez. São casos em que o acompanhamento com profissionais se mostra ainda mais importante. Afinal, sabendo do diagnóstico de pressão alta preexistente, o médico pode redobrar os cuidados.
Hipertensão gestacional
É uma condição constatada pela primeira vez após a 20ª semana e sem a presença de sinais e demais alterações que caracterizem a pré-eclâmpsia. Normalmente, é diagnosticada no terceiro trimestre e desaparece entre 1 e 2 semanas após o parto. Entretanto, a mulher passa a ser considerada hipertensa crônica nos casos em que o problema permanece após 12 semanas do parto.
Quais são os fatores de risco?
Existem muitos fatores que aumentam o risco de desenvolvimento dos distúrbios hipertensivos na gestação. Os principais são:
• diabetes;
• doença renal;
• obesidade;
• hipertensão arterial crônica;
• histórico familiar de pré-eclampsia;
• gravidez múltipla;
• idade materna acima dos 40 anos.
Há ainda os casos em que as mulheres já apresentaram pré-eclâmpsia em uma gestação anterior, o que se constitui como um fator de risco importante. A alimentação desequilibrada e o sedentarismo são hábitos que podem contribuir para o surgimento da hipertensão. Estes, combinados aos demais fatores de risco, aumentam a chance de surgimento da complicação.
A hipertensão na gravidez é um problema que preocupa tanto médicos quanto as futuras mamães. Felizmente, uma alimentação equilibrada, a prática de atividade física e a realização do pré-natal correto são boas formas de prevenção. No entanto, quando não é suficiente, o médico avalia a melhor forma de tratamento para cada situação. Ele pode prescrever, inclusive, medicações e sugerindo repouso para controlar a pressão.
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